A importância do capital de giro
- Pedro Sanches

- 22 de jan. de 2020
- 3 min de leitura

Todo empresário sabe da importância da Gestão financeira para o sucesso do seu empreendimento. A organização das finanças é fundamental para que a empresa possa ter controle das necessidades de capital para seu funcionamento.
Nesse sentido, toda empresa apresenta dois tipos de ativos em seu domínio, ou seja, os bens e direitos que a empresa possui. A primeira classe é a dos ativos permanentes, sendo caracterizado pelo baixo grau de liquidez (capacidade de converter um ativo em dinheiro rapidamente), relacionados, normalmente, as posses da empresa. A segunda classe é a dos ativos líquidos, na qual seu uso está estritamente relacionado com as atividades produtivas. Essencialmente, os ativos permanentes dão suporte a produção, sendo a parte do investimento alocado em estrutura da empresa, como máquinas, infraestrutura e imóveis. Contudo, para o funcionamento de uma empresa, são necessários valores que possam ser utilizados no dia a dia. Esses ativos fazem do segundo grupo, e podem ser denominados de Capital de Giro.
Dessa maneira, o capital de giro são os recursos que a empresa possui para funcionar, ou seja, é o montante utilizados para a constituição de caixa (saldos disponíveis, aplicações de curto prazo), valores a receber a curto prazo (duplicatas, contas), estoques (matéria prima e produto acabado) e despesas pagas antecipadamente.
Esse dinheiro é responsável pela sobrevivência da empresa enquanto seus investimentos ainda não retornaram. Imagine a seguinte situação, sua empresa comprou insumos para a produção a vista, utilizou mão de obra e equipamentos. A venda, contudo, foi feita a prazo. Nesse cenário, a empresa fez desembolsos no presente mas só receberá seu pagamento no futuro. Se a empresa não tiver capital de giro suficiente, ela precisará esperar o recebimento dessa venda para conseguir comprar insumos e produzir novamente, parando de operar até que tenha dinheiro para reiniciar o ciclo. O capital de giro tem a função de evitar esse problema, ou seja, ele permite que a empresa dê continuidade às suas operações, sem depender da entrada imediata das vendas.
O capital de giro pode ter duas origens: a primeira, dos sócios da empresa no momento da constituição da mesma ou em aportes adicionais; a segunda, por meio de fontes externas, como financiamentos e empréstimos. O correto dimensionamento do capital de giro é importante para evitar desequilíbrios no caixa da empresa, evitando, assim, que financiamentos e empréstimos sejam necessários para que a empresa possa funcionar. Isso evita o endividamento e despesas com juros quando surgem imprevistos.
Disso emerge uma questão, qual o tamanho do capital de giro minha empresa deve possuir?
Contabilmente essa resposta é dada pela seguinte forma: o capital de giro é a diferença entre os ativos circulantes da empresa e seu passivo circulante, que são as exigências e obrigações da empresa a curto prazo, como pagamentos de insumos (quando a compra é a prazo) ou salários e contas de funcionamento (Eletricidade, água…).
Uma expressão matemática que podemos usar é: CG = AC - PC
AC: Caixa / Estoques / Contas a receber
PC: Contas a pagar / Salários / Despesas
O capital de giro, então deve conseguir suportar o ciclo abaixo:

Em suma, o capital de giro é o montante financeiro que permite a empresa funcionar, sendo crucial para que as empresas consigam manter suas operações e ser mais resistente a imprevistos. Seu dimensionamento correto pode ser a chave da sobrevivência do negócio e evitar desequilíbrios no caixa que possam trazer endividamento. E por falar em caixa, esse será nosso próximo texto, na qual abordaremos a dinâmica de um fluxo de caixa e sua relação com o capital de giro.
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Equipe Caladrius 22/01/2020




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